COMUNIDADE DE ESTUDANTES ANGOLANOS CELEBRAM INDEPENDÊNCIA DO PAÍS COM PARTECIPAÇÃO DO REI DE MAIOR GRUPO ETNICO DE ANGOLA

30/10/2023 12:59

A Angola celebra no próximo dia 11 de novembro o seu quadragésimo oitavo aniversário de independência. Para celebração da data a comunidade de estudantes internacionais da Angola da UFSC vai organizar diversas atividades voltadas às questões culturais, linguísticas e históricas daquele país Africano.

As celebrações cujo lema – Quais caminhos e perspectivas seguir? começam no dia 31 de outubro e se estendem até a primeira semana de dezembro. O ato central inicia às 19h do dia 31 de outubro no Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) no campus de Florianópolis e contará com a presença especial do Rei Tchongolola Tchongonga – Ekuikui VI, o Rei do maior grupo étnico de Angola, os Ovimbundos que está em visita ao Brasil.

Angola é uma país da África Austral, ficou independente de Portugal a 11 de novembro de 1975 depois de uma dominação de cinco séculos, após a independência o país enfrentou uma guerra civil muito sangrenta que durou 27 anos. Após isso Angola se tornou um dos países mais prospera do continente, mas hoje em dia enfrenta vários problemas econômicas e sociais.

Confira a programação completa do evento:

 

31 de outubro | 19h30 – Abertura: Fala Magna do Rei Ekuikui VI

Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) – Bloco B

7 e 8 de novembro | 19h – Seminário 48 Anos de Independência De Angola

Auditório Elke Hering – Biblioteca Universitária (BU)

9 de novembro | 20h30 – Live 48 Anos de Independência de Angola

Instagram @africa.sensation

18 de novembro | 9h às 20h – Torneio Internacional de Futsal 48 Anos de Independência de Angola

E.B Beatriz de Souza Brito – Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 600 – Pantanal, Florianópolis – SC

2 de dezembro | 20h – Festa da Dipanda de Angola

Servidão Crescêncio Francisco Mariano, 149, Pantanal, Florianópolis – SC

Tags: Comunidades de estudantes internacionais de Angola na UFSCIndependência de Angola na ufscRei de Angola na ufsc

ESTUDANTES GUINEENSE EM SANTA CATARINA CELEBRAM 50 ANOS DA INDEPENDÊNCIA DO PAÍS

13/09/2023 23:54

Do reencontro e abraços, de jogo de futsal e aos ritmos das músicas tradicionais da Guiné-Bissau, foi assim que estudantes Guineenses no estado de Santa Catarina (maioria da UFSC) começaram a celebrar os 50 anos da independência do país na última quinta-feira (07/09/2023) em Florianópolis 

Guiné-Bissau, antiga colônia de Portugal, vai celebrar, no próximo dia 24 de setembro, o seu quinquagésimo aniversário desde que se livrou do jugo colonial português. A Associação de Estudantes Guineenses em Santa Catarina, a maioria deles estudando na UFSC, começou os eventos comemorativos desde o dia 7 de setembro.

O dia ficou marcado com um jogo de futsal no bairro de Pantanal, em Florianópolis, no qual participaram comunidades de estudantes internacionais de Cabo Verde, Angola e Haiti. Um dia também animado com músicas tradicionais da Guiné-Bissau.

O momento mais alto foi a celebração da “Mandjuandadi” (comunhão) com a “Tina”, um dos instrumentos musicais mais antigos da Guiné, constituído por um recipiente cilíndrico quase cheio de água, onde se encontra a boiar uma cabaça oca.

Também houve comida típica da Guiné-Bissau. O “Caldo de Mancarra” e o “Siga” serviram de almoço para mais de uma centena de estudantes, vindos de diferentes partes do estado de Santa Catarina.

A Associação de Estudantes Guineenses no Estado de Santa Catarina, quer com isso proporcionar momentos de debate, reflexão e conhecimento acadêmico, esportivo e cultural sobre o país.

Para os próximos dias, a organização tem em sua programação diversas atividades, incluindo exposições de fotografias, palestras, debates, rodas de poesia, música, dança e muito mais. As atividades serão encerradas no dia 23 de setembro com uma gala na cidade de Florianópolis.

ENTRE SAUDADES DA CASA E O SONHO DE UM DIA TORNAR MÉDICO

29/06/2023 21:03

ESTUDANTE INTERNACIONAL REVELA QUE AINDA NÃO CONSEGUIU SE ADAPTAR À
REALIDADE BRASILEIRA.

Virissimo Cabral Mingo, estudante internacional da Guiné-Bissau cursa medicina na UFSC-Araranguá e está no quarto período, conta em entrevista ao Blog “Fala de Estudantes Internacionais da UFSC” como tem sido o seu processo de adaptação à realidade brasileira.

Virissimo ingressou na UFSC para cursar medicina por meio de um convênio (PEC-G) que o seu país manteve com o Brasil há muitos anos. Por causa da pandemia de COVID-19 e restrições a viagens internacionais, Virissimo que nunca teve uma experiência universitária teve que começar a estudar online a partir do seu país, que para ele foi um desafio que nunca antes tinha enfrentado

Como foi estudar on-line na Guiné-Bissau?

“Até aquele momento, nunca antes eu tinha experiência de fazer aulas online. Sabia que ia ser difícil, tanto porque a Internet no meu país, além do valor monetário ser alto, também é instável. Tanto que em muitas situações não dava para entrar e assistir aula ou entrava mas as pessoas não conseguiam ouvir a minha fala. Era horrível mas acabou dando certo.“, revelou Virissimo.

VINDA AO BRASIL

Quase no meio de 2022, Virissimo chegou ao Brasil com mala extraviada e teve que passar um mês para ter de volta a sua mala, durante aquele período contou que teve ajuda de amigos que fez aqui no Brasil. Recém chegado ao Brasil com consciência que a aula presencial iria ser mais desafiadora que a remota.

ADAPTAÇÃO AO ENSINO BRASILEIRO

Como enfrentou o seu primeiro semestre presencial?

Era o meu primeiro inverno no Brasil, Araranguá tem bastante frio, sofri muito, nunca na minha vida passei aquele tipo de frio. No meu primeiro semestre presencial, um dos módulos do curso era sobre neurologia, qualquer aluno da medicina que passou por ele sabia que não era fácil e para mim não foi exceção. Eu estudava todos os dias porque o método do curso (PBL) exigia isso. Parecia que não entrava nada, na verdade a forma que eu estudava que estava errada, depois tive conversas com meus professores e colegas acabei melhorando e o final do semestre foi bom.” revelou.

O que achou da realidade brasileira?

“O Brasil, apesar de ter algumas coisas parecidas com o meu país, são bem diferentes. Gostei e também já assustei com várias coisas que tem aqui e que não tem no meu país.”.

Como tem enfrentado a saudade da casa?

Perdi a conta do dia que não parei para pensar na minha família e meus amigos na Guiné-Bissau. Às vezes dá vontade de voltar para casa, porém sempre lembro que minha missão no Brasil ainda não acabou.”, revelou num tom com algum grau de tristeza.

Virissimo destaca que o problema da sua adaptação à realidade brasileira não tem haver com falta de acolhimento, em depoimento. “Desde que cheguei a este país sempre tive sorte de encontrar pessoas com coração aberto no meu caminho, tenho amigos que hoje considero irmãos. O problema maior é que saí do meu país, mas ele não saiu de mim. Continuo acompanhando tudo que é notícia de lá.”, confessou

PAÍS DE ORIGEM, GUINÉ BISSAU

Apesar de dificuldades em se adaptar, Virissimo falou que hoje já se sente adaptado ao ensino brasileiro e o curso está indo tranquilo e quando formar pensa voltar ao seu país e ajudar o seu povo. “Já me sinto bem adaptado ao ensino brasileiro, e cursar medicina numa universidade pública daqui é como se fosse uma oportunidade única, para se tornar médico e voltar ao meu país ajudando meus irmãos guineenses que tanto necessitam de cuidados médicos.” finalizou.

ESTUDANTE INTERNACIONAL REVELA NÃO SENTIR ACOLHIDO NOS PRIMEIROS MOMENTOS NA UFSC “PASSEI POR PROCESSO DE ACOMODAÇÃO SOZINHO”

17/06/2023 02:22

Crasimir Sambé, estudante internacional da Guiné-Bissau, doutorando em Política Linguística pela UFSC – Florianópolis, revelou em entrevista ao blog “Fala de estudantes Internacionais da UFSC”, que não se sentiu acolhido nos seus primeiros dias na Universidade e teve que passar por processo de acomodação sozinho durante aquele período:

Passei uma semana almoçando sozinho na restaurante universitário sem ter ninguém para conversar, percebi que talvez as pessoas me evitava por razões que não quero cogitar que seria, isso foi um pouco chocante” começou por lamentar para de seguida revelar que é um assunto comum com estudantes internacionais sobretudo africanos.

Depois tive conversa com alguns conterrâneos africanos, nomeadamente guineenses e angolanos, disseram a mesma coisa, que nas primeiras semanas tiveram essa sensação de as pessoas não quererem compartilhar a mesma mesa com eles” finalizou.

Crasimir Sambé também é músico, obteve mestrado em Política Linguística pela UFSC no semestre passado, depois de ter licenciado em Letras – Língua Portuguesa pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileiro (UNILAB), começou neste semestre doutorado na mesma área do mestrado.

Nessa entrevista contou uma “cena dramática” que passou com uma menina no caminho pela universidade: 

Teve um dia, eu estava indo para universidade, do nada uma menina teve que mudar de direção para não se encontrar comigo, e é uma cena bem comum com todo africano aqui…” lamentou.

Por fim, Crasimir acredita que tanto a UFSC, assim como outras instituições universitárias do Brasil “focam mais na formação intelectual, deixando de lado o componente humano”, para ele é urgente mudar essa lógica dando mais relevância à formação humana.

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CELEBRAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DO CONTINENTE BERÇO

22/05/2023 20:55

ESTUDANTES AFRICANOS DOS CAMPI DE FLORIANÓPOLIS E ARARANGUÁ CELEBRAM O DIA INTERNACIONAL DO CONTINENTE BERÇO.

A comunidade africana dos campi de Florianópolis e Araranguá da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) celebra ao longo desta semana o Dia Internacional do Continente Berço da Humanidade, a África. Segundo o cronograma das atividades, a semana será preenchida com atividades como rodas de conversa, debates, atividades desportivas e recreativas.

A comunidade africana do campus de Florianópolis começou as atividades desportivas na semana passada e tem perspectiva de realizar, no dia 27, uma noite de jantar de confraternização da comunidade. Já o campus de Araranguá, além da divulgação da imagem do continente no campus, programa uma roda de conversa sobre temáticas do continente africano para o dia 25.

O Dia da África, anteriormente conhecido como Dia da Libertação Africana, é comemorado anualmente em 25 de maio, pois foi nesta data, em 1963, que foi criada a Organização de Unidade Africana (OUA), na Etiópia, com o objetivo de defender e emancipar o continente africano. Em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o dia 25 de maio como o Dia da África ou o Dia da Libertação da África. Atualmente, a União Africana substitui a OUA, mas a celebração da data manteve-se no dia 25/05 devido à importância do seu significado, sendo um dia em que reverenciamos a luta pela independência do continente africano e o símbolo do desejo de um continente mais unido, organizado, desenvolvido e livre.

Tags: Comunidade Africana de UFSCDia de África

CONVITE: HISTÓRIA DE PAÍSES DE ORIGEM DE ESTUDANTES INTERNACIONAIS

22/05/2023 20:47

Estudantes internacional convida a UFSC a introduzir como parte de atividades curriculares uma disciplina que fala sobre a História de Países Africanos

Arnaldo Nogueira, estudante angolano do curso de Engenharia de Energia da Universidade Federal de Santa Catarina, Campus de Araranguá, convida essa instituição de Ensino Federal a criar mais espaços que permitam a melhor integração dos estudantes internacionais.

 

Em entrevista ao Blog Fala de Estudante Internacional, Arnaldo reconhece os esforços da UFSC na matéria de integração desses estudantes, porém para ele mais espaço de integração passaria da implementação nas grades de cursos disciplina que fala de realidades dos países de estudantes internacionais “[…] a integração não é uma atividade onde os estudantes vão se encontrar, mas sim uma disciplina que vem trazer realidade de estudantes internacionais, uma disciplina que fala sobre histórias dos países africanos onde os estudantes conseguem se identificar, conseguem expor sua história e conseguem partilhar conhecimentos“.

 

Arnaldo Nogueira acredita que há muitos estudantes nacionais (Brasileiros) que gostariam de saber das realidades dos países de estudantes internacionais (os países de origem desses estudantes). Ainda afirma que “[…] muitos estudantes brasileiros gostariam de conhecer as nossas realidades e às vezes até perguntam (sobre a história dos países dos estudantes internacionais), mas acho que se tivesse uma disciplina pelo menos uma vez por semana melhoraria muito.

 

Arnaldo chegou de transferência da UNILAB para estudar Engenharia de Energia na UFSC no primeiro semestre de 2021, hoje está no seu sexto semestre e relata que não teve dificuldade de integração nos primeiros tempos. Por fim, Arnaldo convida a UFSC a acompanhar o processo de integração de estudantes internacionais, segundo ele por esses estudantes serem de países diferentes merecem um acompanhamento permanente.

Por: Virissimo António Cabral Mingo

 

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